Os primeiros passos desse caminho, de acordo com o Yoga Sūtra de Patañjali, são os yamas e niyamas, condutas ou atitudes indicadas para que compreendamos o valor que elas possuem no sentido de tornar nossa mente livre de conflitos, condição indispensável para o autoconhecimento e até mesmo para termos saúde e desfrutarmos momentos de paz e felicidade.
“Sem alicerces firmes, uma casa não pode ficar em pé. Sem a prática dos princípios dos yamas e niyamas, não pode haver uma personalidade integrada. A prática de asanas sem o suporte de yama e niyama é mera acrobacia.” B.K.S. Iyengar.
“Possuir uma mente capaz de estar consigo mesma envolve a aquisição de certos valores e atitudes e a clareza quanto à importância deles.” Swami Dayananda Saraswati.
Podemos dizer que os yamas são valores que fundamentam as nossas atitudes em relação ao meio socioambiental e são eles: não-violência física, verbal e mental; não mentir; não roubar; ter controle sobre os sentidos; e não-possessividade.
E os niyamas são valores que fundamentam atitudes particulares: limpeza do ambiente, do corpo e da mente; contentamento (não confunda com comodismo); desenvolvimento da força de vontade; estudo sobre o Eu e apreciação da Ordem Cósmica.
Essas indicações devem ser bem entendidas para que não tenham o efeito oposto, de criar conflitos por conta da sensação de culpa advinda de possíveis fracassos em aplicá-las nas nossas vidas, visto que estaremos lidando com condicionamentos e valores arraigados.
Também é importante destacar que essas condutas não são “moralizantes”, nem tem como objetivo nos fazer bonzinhos. Embora atuem como códigos que facilitam a convivência social, as atitudes propostas servem para o próprio indivíduo como um meio pelo qual o autoconhecimento se torna possível.
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